26-11-2025, 12:34 PM
(17-11-2025, 07:07 PM)Góris Escreveu: Peguei o bonde andando, mas vivi 1/4 de vida com uma pessoa em depressão.
Ela não queria ajuda, não buscava melhorar (queria um remédio que sanasse tudo, mas nunca mudar hábitos, nunca fazer exercícios, nunca se afastar de quem era gatilho para crises) e eu fiquei doente.
Muito, muito doente.
Cheguei a pensar mais de uma vez que queria morrer, que minha vida não tinha sentido. E que se eu largasse tal pessoa - pensando em mim - ela acabaria morta.
Acaba que chegou num momento que nã pude mais cotninuar. Corri o risco e deixei tudo para trás, porque eu morreria (ou me mataria) se continuasse a definhar como estava.
Anos depois, a pessoa continua viva, me trazendo problemas. Mas ao menos estou longe, mais feliz, cuidando de minha vida.
Não sei qual seu caso, mas vale pensar se não pode ajudar de longe.
Infelizmente não posso "ajudar de longe" e sinceramente não quero carregar a culpa de "tive a oportunidade e não fiz nada" e o karma do sangue nas mãos por indiferença porque meu ego requer retribuição de coisas passadas.
O caso não é daqueles de chantagem emocional e onde ficam latindo suas dores querendo atenção, é um caso onde da pra ver que a pessoa esta se auto destruindo, é bem visível os sintomas de anorexia, burnout e mais uma caralhada de coisas reprimidas e assuntos não resolvidos.
Engraçado que eu sou o mais estourado/imaturo e luto com depressão faz uma vida, mas entrei em paz comigo mesmo usando a ira.
Essa pessoa colou em mim querendo saber como sai do inferno, já disse varias vezes, a resposta do dilema é pessoal e cada um tem sua própria saída do seu buraco, o meu virou uma caverna de vidro vulcânico.
É dose aguentar ficar pajeando uma pessoa que não sabe o que deseja, sinceramente preferia ficar jogando ou gastando meu tempo com outras atividades que aprecio, temos gostos e temperamentos opostos o que torna bem difícil a comunicação/convivência. Portando bancar o "Conduzindo Miss Daisy" pra ir em locais e apreciar o consumo de cultura que acho imbecil/fútil é um exercício de paciência e mansidão.
Mas é uma escolha minha é um saco essa decisão e estas são as consequências, poderia ser babaca e ficar na minha, mas nunca iria me perdoar se agisse como todo mundo esta fazendo: torcendo em silencio para a pessoa subir a chavinha do disjuntor mental e miraculosamente vai tudo melhorar e voltar o que era. É o caralho! doenças mentais não funcionam assim, sei que se ficar 45% do que era vai ser milagre.

